quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Ficamos os dois em pé, sem saber o que dizer. Eu só sabia que não queria despedir-me.
Você é uma mulher muito especial — ele disse.
Puxou-me para si e me deu um abraço apertado. E, tola que eu era, deixei que fizesse isso. Grande erro. Imenso, co-lossal, enorme erro. Eu não estava muito mal, até termos contato físico. Mas, no minuto em que fiquei em seus braços, senti um caos de emoções. Nostalgia, ânsia, desejo (sim, ainda mais!), perda e uma cálida sensação de tontura. Estar em seus braços lembrava-me de como ele me fizera sentir. Pensei que esquecera como era maravilhoso estar com ele. Mas tudo voltou depressa. Minha cabeça estava enterrada em seu peito. Podia sentir seu coração batendo, através do tecido fino da camiseta. O mesmo delicioso cheiro de sabonete e pele masculina quente de que eu lembrava. Queria ficar ali para sempre, segura, pressionada contra seu belo corpo musculoso, seus braços ternamente em torno de mim.


Trecho de Melancia

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