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quarta-feira, 14 de março de 2012

Danny Quartezani

Eu te amei, e nossa, como te amei. Da forma mais intensa, louca e insana que poderia amar. Tirei pedaços de mim e lhe entreguei nas mãos, mudei quem sou, me adaptei a você. Acreditei quando disse que era diferente dos outros, te tornei diferente dos outros. Senti, enlouqueci, me confundi e explodi por dentro de tanto sentimento. E de todos os meus medos e inseguranças, você se tornou o pior, o mais assustador e maior de todos eles. Me adoecia por dentro só de pensar na ideia de não te ter comigo,adoeci quando não te tive mais comigo. Engasguei, me rasguei e contorci de tanto que senti, de tanta lágrima que emanava de toda ferida que sentia dentro do meu corpo. Não dormi, não sonhei, me deixei sentir como jamais havia conseguido antes, só por ser você. E quando voltou, ah meu menino, quando voltou… Dei valor a cada eu te amo, a cada bom dia, a cada mínimo sorriso que causava a sua presença, só pelo medo de te ver fechar a porta, de novo. Me controlei, me guardei, e me doei, mais e mais a cada dia. E a noite, antes de dormi, me pegava pensando “porque te amar tanto assim?” De uma forma tão incontrolável, irracional e fora do comum? Me diga, o que tem de diferente? Será que é o modo como imagino seu sorriso, como quero tua voz ao meu ouvido? Será que o jeito que tens de entender minha alma, de conhecer meu coração? Será que é porque me deixa tão irritada, tão boba, tão idiota por nada? Será que foi aquela piadinha que contou quando a gente se conheceu? Será que é destino, ou só um acaso? Não sei, não sei. Na maior parte do tempo, decido que por não ter solução, te amo só por ser você, só por te amar. E me deixo imaginar, fechar os olhos, e chegar tão perto, que quase consigo tocar, me deixo em meios a respirações constantes, sentir, sentir, e nada mais. Porque meu bem, eu sou de todo amor por ti, e isso, é o mais perto que posso chegar, isso é o máximo que posso te dar. Todo meu corpo, alma, e ser ao dizer “Eu te amo hoje, te amei ontem, e vou te amar mais e mais amanhã” 

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Hannah Arendt, em A Condição Humana

"Normalmente, a ausência de dor é apenas a condição física necessária para que o indivíduo sinta o mundo; somente quando o corpo não está irritado, e devido à irritação voltado para dentro de si mesmo, podem os sentidos do corpo funcionar normalmente e receber o que lhes é oferecido. A ausência de dor geralmente só é «sentida» no breve intervalo entre a dor e a não-dor; mas a sensação que corresponde ao conceito de felicidade do sensualista é a libertação da dor, e não a sua ausência. A intensidade de tal sensação é indubitável; na verdade, só a sensação da própria dor pode igualá-la.(…)"

Martha Medeiros

“Crescer custa, demora, esfola, mas compensa. É uma vitória secreta, sem testemunhas. O adversário somos nós mesmos…..”

Marla de Queiroz

Ninguém tem que buscar a si mesmo. A gente só tem que aprender a não se rejeitar. Se dar colo, aprender a receber afeto, querer afeto e saber que não virá aquela hora. A gente tá ali dentro o tempo todo, mas é preciso se olhar com olhos amorosos. Porque fazemos o que podemos diante do que sentimos. E há sempre uma forma de ser e estar além. Quando dói nada disso faz sentido. Mas um dia faz. E funciona. 

domingo, 10 de abril de 2011

Ontem chorei...

Por tudo que fomos. Por tudo o que não conseguimos ser. Por tudo que se perdeu. Por termos nos perdido. Pelo que queríamos que fosse e não foi. Pela renúncia. Por valores não dados. Por erros cometidos. Acertos não comemorados. Palavras dissipadas.Versos brancos. Chorei pela guerra cotidiana. Pelas tentativas de sobrevivência. Pelos apelos de paz não atendidos. Pelo amor derramado. Pelo amor ofendido e aprisionado. Pelo amor perdido. Pelo respeito empoeirado em cima da estante. Pelo carinho esquecido junto das cartas envelhecidas no guarda- roupa. Pelos sonhos desafinados, estremecidos e adiados. Pela culpa. Toda a culpa. Minha. Sua. Nossa culpa. Por tudo que foi e voou. E não volta mais, pois que hoje é já outro dia. ChoreiApronto agora os meus pés na estrada. Ponho-me a caminhar sob sol e vento. Vou ali ser feliz e já volto.

domingo, 9 de janeiro de 2011

1xO6!

Há alguns milhões de anos, Benjamin Franklin compartilhou o segredo do seu sucesso com o mundo... ele disse: "Nunca deixe para amanhã, o que você pode fazer hoje". Esse é o homem que "descobriu" a eletricidade. Eu não sei porque nós concluímos as coisas, mas se eu tivesse que adivinhar, eu diria que tem muito a ver com o medo; Medo de falhar, medo da dor, medo da rejeição. Não podemos fingir que não nos avisaram. Nós todos ouvimos os provérbios, ouvimos os filósofos, ouvimos os avisos dos nossos avós sobre o tempo perdido, ouvimos o recitar dos poetas encorajando-nos à aproveitar o dia. Mesmo assim, às vezes temos que olhar para nós mesmos, nós temos que cometer nossos erros, nós temos que aprender nossas lições. Temos que varrer essa possibilidade pra debaixo do tapete hoje, antes que não possamos mais. Até que nós finalmente entendamos o que Benjamin Franklin quis dizer. Ter certeza é melhor que ter a dúvida... E que acordar é melhor do que ir dormir. E até o maior fracasso, até o pior, mais irretratável erro supera o inferno de nunca ter tentado.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

O tempo passa. Mesmo quando isso parece impossível. Mesmo quando cada tique do relógio faz sua cabeça doer como se fosse um fluxo de sangue passando por uma ferida. Ele passa desigual, em estranhos solavancos e levando a calmaria embora, mas ele passa.



quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Eu preciso muito, muito de você. Eu quero muito, muito você aqui de vez em quando. Nem que seja muito de vez em quando. Você nem precisa trazer maçãs, nem perguntar se estou melhor, você não precisa trazer nada só você mesmo. Você nem precisa dizer alguma coisa no telefone basta ligar e eu fico ouvindo o seu silêncio juro como não peço mais que o seu silêncio do outro lado da linha, ou do outro lado da porta, ou do outro lado do muro. Mas eu preciso muito, muito de você.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

(...) Você era meu príncipe. Depois de tantos amores estranhos, pequenos, errados e tortos, finalmente eu tinha reconhecido no seu olhar centralizado e no seu sorriso espalhado, o meu príncipe.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

(...) Eu sinto falta de querer fazer amigos em qualquer festa, só pra conhecer gente estranha e te contar depois. Agora, eu fico pelos cantos das festas. Voltei a achar todo mundo feio e bobo e sem nada a dizer. Porque eu acho que estava gostando mais das pessoas só porque te via em tudo. Agora as pessoas voltaram a me irritar. E eu voltei a ter que fazer muita força pra sair de casa.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Tenho medo do vento que passa arrancando partes de mim e das pessoas que me envenenam, matando partes de mim. Não quero ouvir ninguém, não quero saber de nada, não quero sentir nada. Quero esperar você voltar reta e dura como uma estátua, porque tenho medo de me espalhar pelo mundo e nunca mais ser sua. Então eu cerro os olhos, trinco os dentes, fecho os punhos, engulo o ventre e espero você chegar, porque só você me vira do avesso sem perder nenhum grão de mim. A vida fica surda sem você, porque o volume do mundo abaixa para ouvir meu grito interno. O mundo fica passando como um filme Super Oito na parede, as pessoas estão felizes demais, mas parece que faz tempo demais e sentido nenhum. Sem você sinto essa felicidade sem som, como se, por maior que fosse um sentimento, ele já nascesse com defeito.
Nada muda no mundo quando você não caminha ao meu lado, as pessoas quase não percebem que falta metade do meu corpo e que eu não posso ser muito simpática porque toda a minha energia está concentrada para eu não tombar. Lembrar de você e de como é bom percorrer cada detalhe de tudo o que é seu ainda é melhor do que ser só minha ou me dissipar por aí, para sentir a leveza de querer um pouco de tudo e não muito de uma coisa só.





sinto sua falta.

sábado, 14 de agosto de 2010

Acabou!

E naquela rua, sem movimento foi que eles se despediram.
Quase não houveram palavras. Na verdade, foi o silêncio que deu nome a tudo. E os olhos, os olhos falaram. Não havia mais o que salvar, não tinha mais porque ficar, nem porque arriscar. Definitivamente, havia chegado a hora de ir embora.
Talvez, ela se lembrasse do passado. Ela queria tudo àquilo de volta.
Talvez, na cabeça dele, só quisesse o resto da vida com ela. Não dava.

- Éramos cheios de amor e esperança. Você gostaria de reconstruir tudo isso agora ? Você gostaria de desistir e largar tudo ? – perguntou ele, quase sem voz.

Não houve resposta. Ela derrubou a ultima lágrima e foi. Ele ficou a observar e em poucos minutos, não a via mais. E pra ele, não havia mais motivo. Acabou.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Toca

Eu tenho um beijo que alterna do calmo pro intenso, você iria gostar. Acho que você tem olhos iguais ao meu beijo. A gente poderia ser interessante andando com suas mãos longilíneas e eu tão pequenininha. De repente as pessoas poderiam olhar e pensar: lá vai mais um casal que não combina mas por isso mesmo dá certo. Seria lindo.
Eu olho tanto meu celular que já decorei de quanto em quanto são cinco minutos. Eu tenho vontade de jogar meu celular numa parede qualquer. E me libertar da vontade de ouvir sua voz. De novo, de novo, eu não canso. De novo fazendo romance em cima de um conto breve. Dois jantares e um almoço. Só isso. E lá estou eu achando que você pode ser um forte candidato a homem da minha vida. Lá estou eu acreditando que exista um homem da minha vida.
Se você não ligar, nunca mais, eu vou ficar triste, igual fiquei semana passada porque outro não ligou, igual fiquei semana retrasada porque outro sumiu. Igual eu vivo ficando chateada e vive passando. Eu tenho prostituído demais a minha espera. E as coisas parecem perder a importância toda hora. O problema é que, para perder a importância toda hora, toda hora vivem ganhando importância, e eu estou ficando cansada.
Ah, se você me ligasse, a gente poderia ver aquele filme do Bertolucci que eu tô louca pra ver e, se no filme tivesse cena de sexo, eu iria morrer de vergonha. Depois você poderia me fazer alguns elogios, afinal eu passei o dia inteiro com uma touca de creme no cabelo esperando a sua ligação.
Os grampos estão me machucando, mas eu aguento a dor, eu aguento esperar. O seu beijo poderia ser daqueles calmos e profundos e a gente poderia combinar tão obviamente quanto é óbvio o silêncio do meu celular. A gente poderia acabar de se beijar e cair na risada, uma risada tão ensurdecedora quanto o silêncio do meu celular. Liga, vai, me dá uma chance. Me dá uma chance de ser extremamente sensual apesar do meu braço torto e das celulites da minha bunda. Ser extremamente sensível apesar de todas as ironias que eu te falo pra você não achar que pode me ganhar.
Eu aprendo a gostar de Nick Drake, Velvet, e se bobear até divido um ácido com você. Não, esquece, tô fora do ácido e quer saber de uma coisa ? A Britney Spears vai continuar me dando uma vontade louca de dançar. É como você mesmo disse: eu tenho o ouvido burro.
Mas eu tenho uma mão esperta, me liga vai ?
Olha eu mais uma vez me vendendo sexualmente, não, não compre. Compre meu coração, compre minha alma. Recuse minha incapacidade de me achar amada e me ame. Se você me ligasse a gente poderia ter uma conversa séria a respeito da solidão e do tédio do mundo e resolver ser feliz pra sempre. A gente poderia resolver isso e depois resolver que o mundo tem suas limitações e depois resolver que não tem limitação coisa nenhuma. A gente poderia mudar de opinião juntos e tornar a vida menos solitária e tediosa. Olha, é simples, são sete números e uma única chance de conhecer uma mulher super bacana. Que, sim, tem chulé às vezes, tem bafo às vezes, tem ataques de histeria, ciúme e infantilidade às vezes, tá bom, é mais do que às vezes, mas se você me ocupar com bom papo e carinho, eu juro que esqueço um pouco meu lado que não sabe se relacionar.

Peraí, tá tocando aqui. tem que ser você, tem que ser você. tem que meeeeeeerda, pena que não dá para processar o "Vivo Informa" por propaganda enganosa.
 
 
 
 
Tati Bernardi:*

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Saudadezinha

[...] Só sei que a noite está pedindo e resolvi fazer uma sessão nostalgia.
Acho normal. Acho perfeitamente normal lembrar com carinho que você sempre dava um jeito de me mandar mensagens em datas festivas. Estivesse você casado ou namorando ou ilhado num templo budista, dava um jeito. Era como se dissesse, sem dizer “eu sei que já faz tempo, mas ainda amo você”. Também me faz bem lembrar que você nunca, nunca, nunca se alterava. Trouxesse o garçom o pedido errado pela terceira vez ou fizesse um playboy qualquer uma tremenda barbeiragem em cima do seu carro. Você nunca estragava nossas noites. Eram tão raros os nossos momentos, você dizia, que eram para ser sempre bons. E de fato sempre eram.
Eu tenho saudade de mil coisas e todas essas mil coisas sempre caem na mesma única coisa de que eu tenho tanta saudade: sua leveza. Você me dizia que jamais iria me cobrar leveza, pois me amava intensa. E me pedia que fizesse exatamente o mesmo, ainda que ao contrário, por você. E eu não obedecia nunca, afinal, pessoas intensas não obedecem. E assim nós seguimos, por alguns bons anos entrecortados, sendo tão parecidos ainda que tão atraídos mutuamente pelos nossos opostos. A gente era parecido principalmente porque topava as coisas mais malucas como, por exemplo, brincar que tinha acabado de se conhecer numa festa, ainda que tivesse ido junto para a festa. E por horas ficávamos nessa bobeira e nenhum dos dois ria. Até que alguém pedia, cansado, “já pode voltar ao normal? É que está me dando vontade de transar e eu não transo com desconhecidos”. Eu tenho saudades de tudo. Da gente acordar sua vizinha de tanto rir de coisas bestas, do seu carro sempre bagunçado, da paciência que você tinha com meus anos a menos, da mania que você tinha de arrumar minhas roupas em cima da cama enquanto eu tomava banho e de quando você apertava os ossinhos das minhas costas no escuro e falava, baixinho: “ai, como essa menina gosta de fazer drama!”.
Não é um sentimento egoísta e muito menos possessivo. É apenas uma saudadezinha. Gostosa, tranqüila, bonita, saudável, de longe. E, quem diria: leve.
 
 
 
Tati B.
Mais um texto da diva *-*

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Eu nunca vou entender

(...) Eu não faço a menor idéia do que vejo em você, mas também não faço idéia do que não vejo. Eu posso ter um cara mais gostoso, como de fato já tive milhares de vezes. Mas por alguma razão prefiro suas piadas velhas e seu jeito homem de ser. Você é um idiota, uma criança, um bobo alegre, um deslumbrado, um chato. Mas você é homem. E talvez seja só por isso que eu ainda te aguente: você pode ter todos os defeitos do mundo, mais ainda é melhor do que o resto do mundo.
Aí a gente, sem saber ao certo o que está fazendo ali, mas sem lugar melhor para estar, acaba pulando o cinema que nunca existiu e indo direto ao assunto. O mesmo assunto de quatro ou cinco anos que, assim como as suas piadas, nunca cansam ou enjoam. E aí acontece um fenômeno muito estranho comigo. Mesmo quando não é bom, mesmo quando cansado e egoísta você não espera por mim e vira pro lado pra dormir ou pra voltar à sua bolha egocêntrica de tudo o que é seu, eu sempre me apaixono por você. Todas as vezes que te vi, nesses últimos quatro ou cinco anos, eu sempre me apaixonei por você. Eu sempre estive pronta pra começar algo, pra tomar um café de verdade, pra passear de mãos dadas no claro, pra poder te apresentar ao sol sem receber mensagens de gente louca ou olhares curiosos, pra escutar uma piada novaEu nunca vou entender. Eu nunca vou saber porque a vida é assim. Eu nunca vou entender porque a gente continua voltando pra casa querendo ser de alguém, ainda que a gente esteja um ao lado do outro. Eu nunca vou entender porque você é exatamente o que eu quero, eu sou exatamente o que você quer, mas as nossas exatidões não funcionam numa conta de mais.

(...) Apenas porque você me lembra o mistério da vida. Simplesmente porque é assim que a gente faz com a nossa própria existência: não entendemos nada, mas continuamos insistindo.




Tati Bernardi

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Justo amor

Podia ser só amizade, paixão, carinho, admiração, respeito, ternura, tesão. Com tantos sentimentos arrumados cuidadosamente na prateleira de cima, tinha de ser justo amor, meu Deus ? Porque quando fecho os olhos, é você quem eu vejo; aos lados, em cima, embaixo, por fora e por dentro de mim. Dilacerando felicidades de mentira, desconstruindo tudo o que planejei, abrindo todas as janelas para um mundo deserto. É você quem sorri, morde o lábio, fala grosso, conta histórias, me tira do sério, faz ares de palhaço, pinta segredos, ilumina o corredor por onde passo todos os dias. É agora que quero dividir maçãs, achar o fim do arco-íris, pisar sobre estrelas e acordar serena.
É para já que preciso contar as descobertas, alisar seu peito, preparar uma massa, sentir seus cílios. “Claro, o dia de amanhã cuidará do dia de amanhã e tudo chegará no tempo exato. Mas e o dia de hoje ?” Não quero saber de medo, paciência, tempo que vai chegar. Não negue, apareça. Seja forte. Porque é preciso coragem para se arriscar num futuro incerto. Não posso esperar.
Tenho tudo pronto dentro de mim e uma alma que só sabe viver presentes. Sem esperas, sem amarras, sem receios, sem cobertas, sem sentido, sem passados. É preciso que você venha nesse exato momento. Abandone os antes. Chame do que quiser. Mas venha. Quero dividir meus erros, loucuras, beijos, chocolates…
Apague minhas interrogações. Por que estamos tão perto e tão longe ? Quero acabar com as leis da física, dois corpos ocuparem o mesmo lugar! Não nego. Tenho um grande medo de ser sozinha. Não sou pedaço. Mas não me basto.





Caio Fernando Abreu




beijos e queijos :*

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Ciúme não é ex.

Sobras de minha existência pela casa, escondidas para não irritar a nova mocinha.
Meu pijama sufocado num canto da gaveta para que nenhuma lembrança respire. Meus chinelos abduzidos no meio da "sapataiada", tão pequenos que quase inexistem ou poderiam passar tranqüilamente por pares de criança.
Fotos, milhares delas, guardadas sem carinho, uma preguiça triste de arrumá-las em álbuns. Estão lá, paralisadas em momentos felizes, tradutoras de uma vida que quase foi, trancadas porque o que quase foi não pode atrapalhar o que ainda pode ser. Talvez um fio de cabelo, o último deles, esteja nesse momento sendo varrido e levado pelo vento forte e solitário que não deixa dúvidas que o inverno chegou.
Inverno que era sempre comemorado porque eu sabia que ele não sentiria tanto calor para dormir e eu poderia ser abraçada de conchinha o tanto que desejasse. Agora é outra que suspira protegida olhando o quadro do Monet e ri apaixonada de algum provável barulho que ele faça com seu nariz estranho, jurando na manhã seguinte que não ronca.
Saudade não é ex, tampouco amor. Mas a vida da qual abrimos mão por um sonho (ou por um erro) é passado. E de escolhas e de perdas é feita a nossa história. Não há nada que se possa fazer a não ser carregar por um tempo um peso sufocante de impotência: eu escolhi que aquele fosse o último abraço. Agora é outra que se perde em ombros tão largos, tomara que ela não se perca tanto ao ponto de um dia não enxergar o quanto aquele abraço é o lado bom da vida. Da vida que te desemprega mesmo depois de tantas noites em claro e de tantos beirutes indigestos. Da vida que te abre uma porta que você jura ser a certa mas quando resolve entrar descobre duas crianças brincando na sala e uma mulher esperando no quarto. Da vida que te confunde tanto que você quer se afastar de tudo para entendê-la de fora. Da vida que te humilha tanto que você quer se ajoelhar numa igreja. Da vida que te emociona tanto que você não quer pensar. Da vida que te dá um tapa na cara pra você acordar e não tem ninguém pra cuidar do machucado e dizer que vai ficar tudo bem. Da vida que te engana.
Aquele abraço era o lado bom da vida, mas para valorizá-lo eu precisava viver. E que irônico: pra viver eu precisava perdê-lo. Se fosse uma comédia-romântica-americana, a gente se encontraria daqui a um tempo e eu diria a ele, que mesmo depois de ter conhecido homens que não gritavam quando eu acendia a luz do quarto, não faziam uso de um cigarro que me irritava profundamente e sobretudo minha rinite alérgica, não amavam os amigos acima de, não espirravam de uma maneira a deixar um fio de meleca pendurado no nariz, não usavam cueca rosa, não cantavam tão mal e tampouco cismavam de imitar o Led Zeppelin, não tinham a mania de aumentar o rádio quando eu estava falando, não tiravam sarro do bairro em que nasci, não insistiam em classificar minhas mãos e pés como seres de outro planeta, não ligavam se eu confundisse italiano com espanhol e argentino, nomes de capitais, movimentos artísticos, datas de revoluções e nomes de queijo, era ele que eu amava, era ele que eu queria. E ele me diria que, mesmo depois de ter conhecido mulheres que conheciam a Europa e não entupiam o ralo com cabelos, mulheres que tinham nascido em bairros nobres e charmosos de São Paulo, ou melhor, do Rio de Janeiro, mulheres que arrumavam a cama e não demoravam tanto para sentir prazer, não entravam de sapato no carpete, não tinham uma blusa ridícula com uma rajada de dourado, não eram dentuças e tampouco testudas, não cantavam tão mal, não tinham medo de cachorros pequenos, não reclamavam do ar-condicionado e nem tinham medo de perder a mãe ou comer uma comida muito temperada, era eu que ele amava, era eu que ele queria.
Mas a realidade é que não gostamos desses tipos de filme fraco com final feliz, gostamos dos europeus "cult" onde na maioria das vezes as pessoas sofrem e perdem, assim como aconteceu com a gente.



gosto desse x)
só para atualizar. :*

quarta-feira, 2 de junho de 2010

IMPONTUALIDADES...

" Você está sozinho. Você e a torcida do Flamengo. Em frente a tevê, devora dois pacotes de Doritos enquanto espera o telefone tocar. Bem que podia ser hoje, bem que podia ser agora, um amor novinho em folha.
Trimmm! É sua mãe, quem mais poderia ser? Amor nenhum faz chamadas por telepatia. Amor não atende com hora marcada. Ele pode chegar antes do esperado e encontrar você numa fase galinha, sem disposição para relacionamentos sérios. Ele passa batido e você nem aí. Ou pode chegar tarde demais e encontrar você desiludido da vida, desconfiado, cheio de olheiras. O amor dá meia-volta, volver. Por que o amor nunca chega na hora certa? Agora, por exemplo, que você está de banho tomado e camisa jeans. Agora que você está empregado, lavou o carro e está com grana para um cinema. Agora que você pintou o apartamento, ganhou um porta-retrato e começou a gostar de jazz. Agora que você está com o coração às moscas e morrendo de frio.
O amor aparece quando menos se espera e de onde menos se imagina. Você passa uma festa inteira hipnotizado por alguém que nem lhe enxerga, e mal repara em outro alguém que só tem olhos pra você. Ou então fica arrasado porque não foi pra praia no final de semana. Toda a sua turma está lá, azarando-se uns aos outros. Sentindo-se um ET perdido na cidade grande, você busca refúgio numa locadora de vídeo, sem prever que ali mesmo, na locadora, irá encontrar a pessoa que dará sentido a sua vida. O amor é que nem tesourinha de unhas, nunca está onde a gente pensa. O jeito é direcionar o radar para norte, sul, leste e oeste. Seu amor pode estar no corredor de um supermercado, pode estar impaciente na fila de um banco, pode estar pechinchando numa livraria, pode estar cantarolando sozinho dentro de um carro. Pode estar aqui mesmo, no computador, dando o maior mole. O amor está em todos os lugares, você que não procura direito.
A primeira lição está dada: o amor é onipresente. Agora a segunda: mas é imprevisível. Jamais espere ouvir "eu te amo" num jantar à luz de velas, no dia dos namorados. Ou receber flores logo após a primeira transa. O amor odeia clichês. Você vai ouvir "eu te amo" numa terça-feira, às quatro da tarde, depois de uma discussão, e as flores vão chegar no dia que você tirar carteira de motorista, depois de aprovado no teste de baliza. Idealizar é sofrer. Amar é surpreender. "



Martha Medeiros

segunda-feira, 3 de maio de 2010

[...] e o que deve ser, será!



Eu nem sabia mais quem era. A linha entre o certo e o errado borrou. Na busca da verdade, eu me tornei a mentira. Talvez alguns segredos devam permanecer secretos. Eu desperdicei um ano da minha vida e talvez todo mundo lá fora seja mentiroso, talvez o mundo inteiro seja estúpido e ignorante, mas eu prefiro muito mais estar nele. Paixão é dar a alguém toda sua atenção, é alguém querendo saber seus melhores e piores momentos. É alguém que goste que você seja você. Mas precisa ter . E se tiver que se apaixonar, não vai mudar mais nada. O amor é um bumerangue, você solta ele no mundo e talvez um dia ele volte.
Talvez haja um momento quando se está crescendo em que você perde alguma coisa. Estava pronta pra tentar de novo, um pouco ferida, um pouco humilhada, e eu espero um pouco mais esperta! Acredito que escrevemos nossas próprias historias, e cada vez que achamos que sabemos o final, nos enganamos. Talvez a sorte exista em algum lugar entre o mundo dos planos, num mundo das chances, e na paz que vem do saber que você não pode saber de tudo. A vida é muito estranha uma vez que você deixa acontecer, o que deve ser será.




texto retirado do filme A Agenda Secreta Do Meu Namorado.






resolvi colocar a partir de agora o que eu estou ouvindo durante o
post. que tal ? :)
da proxima vou postar um TOP5 de filmes *-*






Beijos e Queijos :*